segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A Presidência Europeia e Sócrates

Diz-se que na escola primária não ia brincar para o pátio, com medo dos grandes do Liceu. Parece que tal recalcamento impede-o, ainda hoje, de receber o Dalai Lama.
Diz-se, também, que quando chegou a vez de estudar geografia confundia o Kosovo e Vizela. Daí, talvez, a desfaçatez com que hoje pretende redesenhar o mapa dos Balcãs.
Pelos 14 anos, quando botou corpo e despontou o buço, julgou-se capaz de desafiar o mundo. Foi por essa altura que decidiu que um dia iria discutir com o Presidente da América o Afeganistão, o Médio Oriente e, de novo, Vizela, ou melhor, o Kosovo.
Nunca foi aceite como aluno no elitista St Julian’s, de Carcavelos. Parece que remonta a essa época o seu já famoso desentendimento com o inglês. Jurou vingar-se. Estava escrito nas estrelas que haveria de dar uma festa em Lisboa para Robert Mugabe.
Chegado a casa, via o seu retrato sobre a credencia do pequeno hall de entrada. Também sobre a televisão havia o retrato que tirara de lacinho azul, embora a fotografia fosse a preto e branco. No quarto da mãe , ainda, estava um retrato grande do José vestido com uma fantasia infantil. E sobre a sua própria cama havia um retrato de grande formato, com o cabelo comprido, as calças boca de sino, os colarinhos grandes e os sapatos de salto alto. Embora fosse já no rescaldo das modas dos anos 70, verdade é que essas coisas chegavam mais tarde ao interior. Nunca duvidou que iria dar à Europa um Tratado Constitucional.
Estamos em crer que a grande obsessão do pequeno José Sócrates foi a leitura do livro do Guiness.

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