quinta-feira, 12 de julho de 2007

China - 1; Portugal - 1.36

Muito recentemente falou-se neste blogue da barbárie do governo chinês, que persegue quem tenha a veleidade de ter mais de um filho. Ora por cá, dissimuladamente, vai-se passando algo com contornos cada vez mais semelhantes.
Dia 9 foi revelado pelo INE o Índice Sintético de Natalidade (ISN): 1.36. Este é o valor mais baixo de sempre, que coloca Portugal no podium dos raros países europeus com taxa de natalidade decrescente.
Olhamos para a esmagadora maioria dos nossos parceiros europeus e vemos uma assumida preocupação com a reduzida taxa de natalidade. E, com sucesso, têm vindo a ser adoptadas medidas de apoio às famílias com filhos. Ainda há pouco, em Espanha, foi anunciada a atribuição de um subsídio de nascimento de 2500€.
E nós? Sabemos bem o que por cá se passa.
É incompreensível a violência exercida sobre o povo chinês, que não pode livremente decidir sobre um dos direitos e deveres mais básicos e bonitos do Homem.
Mas é também incompreensível que aqui, no centro do mundo moderno, o nosso governo vá destruindo o desejo e a possibilidade dos portugueses de terem filhos, através da disseminação de uma cultura e de uma política desenvergonhadamente anti-natalísta e penalizadora das famílias.

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