quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Silêncio

Silêncio que as palavras pouco dizem
Surpresa mas a palavra não é justa
Silêncio e fica tanto por dizer
O nome diz-me sempre tanta coisa
Ígnea e incandescente criatura
A dureza na crueza de uma vida
A cada um a sua sepultura
Melhor será lembrar a tua gesta
Bem longe dos trilhos e da glória
Morreste sem o cheiro do capim
Mas podes no silêncio destes versos
Ouvir o último toque do clarim.

À memória de Inácio Beja.

3 comentários:

Rita LM disse...

Tenho a ousadia de me "colar" à beleza e à verdade deste poema, deixando também aqui o agradecimento pela passagem do Inácio junto de nós.

Anónimo disse...

Obrigada pelas palavras deste momento.

Anónimo disse...

Thanks, many thanks!