"A Verdade torna-nos bons"
Os recentes comentários feitos neste blogue a propósito da edição do post do Pe Pedro sobre o entendimento de Alexandre Sokurovc acerca de Portugal e outros comentários que vão surgindo noutros postes, vêm pôr a nu um traço contemporâneo do modo de ser e de estar da personalidade de certas pessoas que, em geral, sabendo pouco substituem a sua ignoratio elenchi (ignorância do assunto) pelo império do argumentário ad hominem (argumento contra o homem).
A este respeito convém dizer o seguinte, que é óbvio, claro e distinto e que se refere ao conteúdo da tolerância e do tolerável:
Há uma extraordinária ausência de clareza quanto ao que se constitui como conteúdo ou matéria de tolerância. A tolerância é devida à pessoa, não, em caso algum, às ideias. Há uma tolerância humana que é imperativa, fundamentada na dignidade humana, mas não há lugar para a tolerância cognitiva. O erro conceptual ou eidético, quando ocorre, não é tolerável. É pura e simplesmente refutável. É imediatamente negado.
Consequentemente, os comentários infelizes, mal educados e absolutamente reprováveis publicados por anónimos exprimem, em primeiro lugar, uma indisfarçável anorexia intelectual que, seguida de orgulho incomensurável, desemboca no insulto fácil, máscara de fraqueza, que se poderá tornar patológica.
Há solução, contudo, para o problema. Passa por um processo de disciplina, melhor, por autodisciplina férrea na gestão do tempo em ordem à edificação do carácter forjado na dinâmica da leitura e da reflexão que lhe está associada.
Quem cultiva o saber frequentemente se depara com as alturas inultrapassáveis das suas limitações. Essa experiência não é desconstrutiva do carácter, mas edificante da personalidade, se entendida como desafio. Mas, por outro lado, vai emergindo em processo, um respeito profundo pela verdade e, consequentemente, pela responsabilidade que conduz à liberdade.
Sendo assim construído o carácter neste espaço titânico para escapar à ignorância, a prudência vai tomando lugar progressível, aí, onde outrora campeava a arrogância e a vaidade.
Cultivar-se também é aprender a amar. Quem se recusa a mergulhar no mar em tormenta do conhecimento, por desamor, aos outros não trará nunca a bonança. Daí a agilidade em que se expande a barbárie.
É que, como diz Bento XVI no texto que devia ter lido durante a visita à Universidade de Roma “La sapienza”, a propósito do sentido do questionar socrático, “… a verdade torna-nos bons e a bondade é verdadeira: tal é o optimismo que vive na fé cristã, porque a esta foi concedida a visão do Logos, da Razão criadora que, na encarnação de Deus, se revelou conjuntamente como o Bem, como a própria Bondade…”.
A Verdade torna-nos bons e a falta dela pessoas tristes.
E terminando por onde comecei: os comentários anónimos, infelizes e mal educados deixam-me triste… porque revelam tristeza.
A este respeito convém dizer o seguinte, que é óbvio, claro e distinto e que se refere ao conteúdo da tolerância e do tolerável:
Há uma extraordinária ausência de clareza quanto ao que se constitui como conteúdo ou matéria de tolerância. A tolerância é devida à pessoa, não, em caso algum, às ideias. Há uma tolerância humana que é imperativa, fundamentada na dignidade humana, mas não há lugar para a tolerância cognitiva. O erro conceptual ou eidético, quando ocorre, não é tolerável. É pura e simplesmente refutável. É imediatamente negado.
Consequentemente, os comentários infelizes, mal educados e absolutamente reprováveis publicados por anónimos exprimem, em primeiro lugar, uma indisfarçável anorexia intelectual que, seguida de orgulho incomensurável, desemboca no insulto fácil, máscara de fraqueza, que se poderá tornar patológica.
Há solução, contudo, para o problema. Passa por um processo de disciplina, melhor, por autodisciplina férrea na gestão do tempo em ordem à edificação do carácter forjado na dinâmica da leitura e da reflexão que lhe está associada.
Quem cultiva o saber frequentemente se depara com as alturas inultrapassáveis das suas limitações. Essa experiência não é desconstrutiva do carácter, mas edificante da personalidade, se entendida como desafio. Mas, por outro lado, vai emergindo em processo, um respeito profundo pela verdade e, consequentemente, pela responsabilidade que conduz à liberdade.
Sendo assim construído o carácter neste espaço titânico para escapar à ignorância, a prudência vai tomando lugar progressível, aí, onde outrora campeava a arrogância e a vaidade.
Cultivar-se também é aprender a amar. Quem se recusa a mergulhar no mar em tormenta do conhecimento, por desamor, aos outros não trará nunca a bonança. Daí a agilidade em que se expande a barbárie.
É que, como diz Bento XVI no texto que devia ter lido durante a visita à Universidade de Roma “La sapienza”, a propósito do sentido do questionar socrático, “… a verdade torna-nos bons e a bondade é verdadeira: tal é o optimismo que vive na fé cristã, porque a esta foi concedida a visão do Logos, da Razão criadora que, na encarnação de Deus, se revelou conjuntamente como o Bem, como a própria Bondade…”.
A Verdade torna-nos bons e a falta dela pessoas tristes.
E terminando por onde comecei: os comentários anónimos, infelizes e mal educados deixam-me triste… porque revelam tristeza.
15 comentários:
Para quem está tão convencido de possuir toda a verdade, vocês andam muito tristes e ressabiados!
O presidente da Associação Vale de Acór em Almada (padrecas Pedro), esse então é o mais triste de todos...
Que tristeza... Logo pessoas tão cristãs e que portanto, por todas as razões, deveriam ser as mais alegres de todas.
O exmo. PL, que a única coisa que parece saber fazer é berrar contra o "ateísmo dos ateus", deveria era preocupar-se com a promomoção da ética e a prática do bem. Assim não esgotaria as suas forças em querelas injustas e inúteis, e com pouco proveito para o resto da sociedade portuguesa (a parte não religiosa ou de outras confissões).
A sua ficha, PL, diz que é professor. Já agora gostaríamos de saber de quê.
Caro(s) anónimo(s), está tudo tido acerca de comentários como os que antecedem, pelo que, independentemente do que possa vir a ser escrito, jamais responderei a atitudes como as expressas.
Medroso!
Parabens PL. Bom esforço didático, como deveria ser próprio nos nossos professores. Lamento o insucesso escolara, face a esta tribo dos grafittis anónimos que, como estes, são de mau gosto e invasivos e dificilmente eliminaveis. Sobretudo revelam falta de chá, ou (para eles perceberem), falta de educação...
Marcos Portugal
Somos alegres!!
Alegra-nos tanto ideia de espancarmos estes anonimos que ofendem sem dar cara!!
Quando leio um Bom texto [entenda-se: pleno de Amor, Verdade, Construtividade], fico sempre com a ideia [ing�nua] de que apenas poderia gerar coment�rios alegres, provocadores enquanto respeitadores, agradecidos, ou com outras achegas interessantes � ideia base. Verifico que a maior parte das vezes, neste nosso blog que se pretende contrutor, surgem atiradores furtivos, com o cora�o ferido de uma qualquer falta de carinho que os faz verterem apenas fel nas palavras que despejam, qual v�mito de uma indisposi�o humana s�ria.
Como o meu querido amigo PL, ao qual agrade�o estas palavras - filhas de uma postura s�ria face � Verdade e Amor, n�o posso alegrar-me com a tristeza de todos os an�nimos que mais n�o gostariam sen�o que o seu nome fosse dito com amor, aquele Amor que ama todos os nomes.
CatFons
Bravo CatFon!
Marcos Portugal
Vivam os FORA DE ESTRURA!!!Todos um por um!!!
CatFons,
Este blog construtor?
Deve haver algum engano da sua parte!
E pode estar certa de que a continuar esta senda, o padre Pedro irá parar direitinho ao Inferno.
Caro PL
Agradou-me a sensatez do seu texto. Não tenha complexos em ser sincero.
cumprimentos
João Amorim
Cardeal Carlos Amigo Vallejo, arcebispo de Sevilha, numa entrevista, há um mês, à revista católica Vida Nueva, dizia que a Igreja tem de ser uma "consciência crítica" da sociedade, mas acrescentava: "A Igreja tem de dizer o que pensa, mas não espere que não a critiquem. Se ela fala, tem de estar disposta a aceitar as críticas. Se falamos publicamente, temos de aceitar que nos critiquem publicamente".
Jornal Público, 4-Mar-08
Os anónimos sempre têm alguma útilidade, ao revelarem a ligação dos autores destes textos á obra notável do Val de Acór.
Não há nada que perturbe mais a medíocridade, saber que hà quem viva duma forma superior.
Respeito os que amam e vivem em comunidade harmoniosa com os marginalizados desta alegre sociedade.
Àqueles a quem o coração foi mordido pelo cínismo, abram os olhos, não vão ter muitas oportunidades nesta vida de apreciar o que ela tem de Bom, Belo e Grande.
Sim, essa é uma atenuante.
No entanto o Vale de Acór decerto também é financiado pelo Estado Português, que vocês tanto diabolizam. Ou não?...
De qualquer maneira o pe. Pedro não deve andar nesta vida a servir o Demónio, como tem andado a fazer ao apoiar este blog!
Estado qual estado? o INFESTADO? de parasitagem, leia-se, maioria dos funcionários públicos e privilegiados da nova aristocracia.
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