Então... feliz ano novo!
Talvez seja uma ilusão, mas o final do Verão sempre me pareceu demasiado abrupto: no espaço de uma ou duas semanas, os longos e radiosos dias quentes escurecem e minguam vertiginosamente, trazendo consigo uma suave nostalgia, quando não uma recôndita angústia. De repente sentimos saudades do Verão que passou... ainda na semana passada, num fim de tarde na Adraga, com chinelos e poeira, um petisco e uma cerveja, aquela eufórica sensação de liberdade e o coração tão aceso. Confesso que, apesar de trabalhar durante grande parte do Verão, vivo-o com o jovial espírito de “férias grandes” de outrora. São os jantares tardios na varanda, a cidade utopicamente deserta, as coloridas esplanadas para beber um simples café ou as longas saídas de fim-de-semana.
E de repente a rotina doméstica altera-se com a preparação do retorno às aulas. Umas "cópias" e umas leituras forçadas vêm cortar a indolência das tardes de Setembro à pequenota. Há uns amuos e os sonos ainda trocados. Os mais velhos resistem como podem ao fim da época balnear, e numa manhã destas finalmente lá foram, contrafeitos, tomar nota dos horários.
1 comentário:
Bela página! Concordo. Também vivo Setembro assim, com saudades de tudo.
Enviar um comentário