Pouco convincente…
É da minha vista ou a entrada em 2008 foi pouco convincente! Pareceu-me notar um certo desconforto, alguma artificialidade nos sorrisos, até o champagne estava mais mortiço!... Claro que o fogo de vista esteve em grande! Também não foi por acaso que os ‘tarecos da moda’ se lembraram de fazer, no canal público, uma espécie de reveillón de há vinte anos atrás! É certo que pouparam nos cachets mas a ideia base é a mesma – não existe muita esperança no novo ano, e o revivalismo é como o algodão, não engana, quer dizer que já demos a volta ao conta quilómetros… e nada! Isto não anda para a frente!
Mas já agora aprofundemos um pouco o assunto, até podemos continuar com os ‘gatos’, rapazinhos inteligentes e que estão bem para o público que os aplaude freneticamente. Pela amostra junta arriscamos fazer uma radiografia social daqueles anos oitenta, do chamado cavaquismo, época em que os ‘revolucionários de modo vário’ já se tinham encaixado na função pública, para descobrir enfim as alegrias do capitalismo… de estado. Os descendentes, cresceram na deseducação do gastar sem produzir nem poupar, e como acontece sempre que isso acontece, a desregra é a regra, o consumo de álcool e drogas explodiu, explodiu a 24 de Julho, e explodiram as docas… sem navios! Os tais descendentes estudavam pouco, saíam a desoras, às horas a que os otários se levantavam para ir trabalhar! Mas o primeiro-ministro fazia maravilhas com os fundos europeus que todos os dias desembarcavam, aos milhões, no orçamento de estado! Havia para todos, ou quase todos, e por isso era empochar e gastar! Os gostos musicais da pequenada foram servidos e revistos no Pavilhão Atlântico… desfilaram ‘já fumega’, ‘trabalhadores do comércio’, ‘rádio Macau’… a firmeza e a força de ânimo eram as notas dominantes… por exemplo… ‘já não sei se hei-de fugir… ou morder o anzol… não existe nada de novo debaixo do sol’…
Esta geração tem agora perto de quarenta anos e muitos deles, os que escaparam ao deserto das dependências, são os actuais dirigentes do país.
Sem mais subscrevo-me atenciosamente, desejando a todos um Bom Ano.
Mas já agora aprofundemos um pouco o assunto, até podemos continuar com os ‘gatos’, rapazinhos inteligentes e que estão bem para o público que os aplaude freneticamente. Pela amostra junta arriscamos fazer uma radiografia social daqueles anos oitenta, do chamado cavaquismo, época em que os ‘revolucionários de modo vário’ já se tinham encaixado na função pública, para descobrir enfim as alegrias do capitalismo… de estado. Os descendentes, cresceram na deseducação do gastar sem produzir nem poupar, e como acontece sempre que isso acontece, a desregra é a regra, o consumo de álcool e drogas explodiu, explodiu a 24 de Julho, e explodiram as docas… sem navios! Os tais descendentes estudavam pouco, saíam a desoras, às horas a que os otários se levantavam para ir trabalhar! Mas o primeiro-ministro fazia maravilhas com os fundos europeus que todos os dias desembarcavam, aos milhões, no orçamento de estado! Havia para todos, ou quase todos, e por isso era empochar e gastar! Os gostos musicais da pequenada foram servidos e revistos no Pavilhão Atlântico… desfilaram ‘já fumega’, ‘trabalhadores do comércio’, ‘rádio Macau’… a firmeza e a força de ânimo eram as notas dominantes… por exemplo… ‘já não sei se hei-de fugir… ou morder o anzol… não existe nada de novo debaixo do sol’…
Esta geração tem agora perto de quarenta anos e muitos deles, os que escaparam ao deserto das dependências, são os actuais dirigentes do país.
Sem mais subscrevo-me atenciosamente, desejando a todos um Bom Ano.
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