segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Soneto Esquecido

O sino clama, sua voz vibrante se entrega aos ventos.
E o vento a leva longe, bem longe, para as distâncias.
O sino tange, sua voz de pranto cai sobre as ruas
Como esta neve, que os céus derramam.

O sino grita, pedindo alma, almas depressa!
E as almas dormem dentro das casas
Dentro dos corpos dos homens que andam
Nas ruas longas, nas grandes ruas, nestes desertos.

O sino chama, que o Deus menino
Está a nascer. E não há pastores nas cercanias.
Nem há sequer, para aquecê-lo dos grandes frios
Os bichos mansos de antigamente.

E os sinos chamam pelos Reis Magos,
Talvez perdidos nest’hora escura
E o sino chora. Ninguém o ouve. E todos dormem.

Não há mais almas, sinos parai!

Augusto Frederico Schmidt

4 comentários:

Anónimo disse...

Anime-se, Padre,
Que o Senhor providencia.

Santo Natal.

Anónimo disse...

Não! Que na pobreza do meu coração, Jesus pequenino encontre uma morada...

Feliz Natal!

Anónimo disse...

... Este Menino tem sede...
... Sede de almas! Conhecemos bem como a grande maioria vive esta quadra. Já se fala nos desejos para 2008 e ainda estamos a "digerir" tudo aquilo que nos oferece esta Festa...

Cabe-nos a nós Cristãos, que queremos ser "Fora de Estrutura", procurar saciar -onde nos encontramos e com quem cruzamos- esta sede que Jesus tem! Que Maria Mãe, nos acompanhe.

Anónimo disse...

Podemos gritar juntos: SPES SALVI!