Alta tensão
Se quisermos interpretar os recentes episódios que opõem o bem-estar das populações aos interesses sem rosto da REN (redes energéticas nacionais), podemos certamente inscrevê-los na luta ancestral travada entre as liberdades comunitárias e o desígnio centralizador (e uniformizador) do Estado. Fica claro que o chamado poder local, partidarizado como está, não tem vocação para defender pessoas e bens, refugia-se na legalidade, ou quando questionado de perto, demite-se das suas funções invocando antigos editais afixados nos paços do concelho! Não é surpresa, porque é da essência dos partidos o horror à descentralização, não nos esqueçamos que os autarcas são eleitos através de listas partidárias, na sua grande maioria são desconhecidos das populações, e pior, eles próprios desconhecem o concelho ou freguesia onde são eleitos! Na prática funcionam como meras correias de ventoinha dos comités centrais e ai de quem se lhes oponha ou siga caminhos diferentes. Será imediatamente convidado a abandonar o cargo no total desprezo pelo voto dos eleitores! Foi este o preço que pagámos pela utopia da liberdade individual sem limites, desligada de tudo, em primeiro lugar da Ligação primeira, depois, da família, seguindo-se todo o laborioso travejamento em que assentava a liberdade de todos e de cada um.
Portanto, a pergunta é: quem nos defende da REN, que ao abrigo de lei própria semeia pelo país e a seu belo prazer, torres e postes de alta e altíssima tensão, numa clara agressão aos interesses primários dos seus habitantes? Ou dito ao contrário, quem representa hoje os interesses legítimos das pessoas e das comunidades, face a esse terrível inimigo em que o Estado se transformou?
Responda quem souber.
Portanto, a pergunta é: quem nos defende da REN, que ao abrigo de lei própria semeia pelo país e a seu belo prazer, torres e postes de alta e altíssima tensão, numa clara agressão aos interesses primários dos seus habitantes? Ou dito ao contrário, quem representa hoje os interesses legítimos das pessoas e das comunidades, face a esse terrível inimigo em que o Estado se transformou?
Responda quem souber.
1 comentário:
O estado ainda não é um terrivel inimigo, lá chegará..
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