sexta-feira, 12 de outubro de 2007

António de Oliveira...Ascenção

No meu último escrito neste blogue surge um comentário do António de Oliveira ... Ascenção que me parece demasiado pertinente pelos problemas que levanta e que merece uma reflexão que tem de ser feita de uma forma autónoma e que não cabe num mero apêndice de comentário. O problema é este: O que é a Direita em Portugal e qual a sua filiação? O PSD é um partido de Direita? E Marques Mendes foi um político que afirmou uma tradição de Direita? O problema político mais difícil em Portugal pós - 25 de abril é definir a Direita e dar-lhe uma identidade histórica. Quando se nomeia um problema a partir do nome é este que lhe dá configuração. Criticar Marques Mendes e afirmá-lo como um político menor não tem grande valor, e este só o ganha quando esta crítica é feita a partir de um nome: António de Oliveira. Desculpem, o nome é incompleto, António de Oliveira ...Ascenção. A verticalidade de um nome está na verticalidade da acção. E Marques Mendes foi um político que afirmou uma conduta fundamental: dialogou com as instituições, acreditou nelas, confiou nos poderes autónomos. Hoje começa o Congresso do PSD e vamos ver os Luís Filipes, Gomes da Silva, Mendes Botas a denegrir os poderes que não são os seus. Isto não é a Direita, não filia uma tradição.Porque o problema está no nome, na nomeação. António de Oliveira não é um nome, não afirma. O apelido Ascenção é do lugar da História, da atitude, da génese. Era bom que esta discussão fosse em frente, que não termine, porque ninguém pode criticar a Direita com este nome. O essencial é nomear a origem, dizer o começo, afirmar a Direita, dizer o lugar do apelido no pensamento português.

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