terça-feira, 24 de julho de 2007

O Tempo, as férias e o que queremos fazer deles


Comecei por estes dias a ler um livro dado à estampa sob o título “Imposturas anticristãs – Dos Evangelhos Apócrifos ao Código Da Vinci”, de Joseph-Marie Verlinde, editado pela Verbo.

Surgiu-me logo no início do capítulo I uma citação de Romano Guardini, extraída de “L’essence du christianisme”, que bem podemos ajustar ao tempo presente, período para muitos de paragem nas tarefas habituais. Falo das férias.

Podemos vivê-las de muitas maneiras, enquadráveis em duas categorias maiores: - de forma inteligente ou de outra.

Quanto à primeira, parece-me ser avisado atender à oportunidade que este tempo nos concede e que consiste em maior liberdade face aos compromissos habituais.
Usar esta liberdade em sentido edificante afigura-se-me um imperativo que deve ser aproveitado para promover a “…intensidade da relação…”. Vale promover a profundidade desta ligação porque a partir dela tudo o resto. “…todas as coisas, o mundo, o destino, as tarefas…” ganham uma nova densidade, ganham o seu sentido pleno.
A proposta de densificação da relação que proponho não é numericamente significativa. Trata-se tão somente de eleger Um só como alvo desta demanda. Que se rentabilize este período para nos aproximarmos d’Aquele que “…está contido em tudo, expresso em tudo, que a tudo dá o seu sentido…”.
É grande demência perdermos mais uma oportunidade da nossa vida, este tempo extraordinariamente favorável, para promovermos o nosso estar em todas as coisas, o nosso estar no mundo, como um autêntico estar no mundo – enraizado na pessoa de Jesus de Nazaré. E porque é que este enraizamento é decisivo? Porque a pessoa de Jesus “…determina tudo o resto, e tão mais profunda e totalmente quanto for a intensidade desta relação…”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Paulo!
Agradeço o teu ajudar-nos a debruçarmo-nos sobre O essencial!
Que Jesus seja o primeiro hóspede, em tudo, nas nossa férias.
Abraço!