Negrão pouco claro
Telmo Correia, candidato pelo CDS à Câmara de Lisboa, questionou Fernando Negrão sobre a coerência lembrando que o actual cabeça de lista do PSD era contra as salas de chuto, mas tem na sua lista o mesmo vereador que as promoveu! Com efeito, foi Sérgio Lipari, então vereador de Carmona Rodrigues, o grande entusiasta das chamadas salas de injecção assistida. Recorde-se entretanto que estes equipamentos foram aprovados em reunião de câmara de 30 de Novembro de 2006, com os votos favoráveis do PSD, PS e Bloco de Esquerda, a abstenção do PCP, e os votos contra do CDS-PP.
Fernando Negrão defende-se dizendo que as salas se destinam a prestar assistência aos toxicodependentes e que a ‘injecção assistida’ seria um último recurso!
Ora bem, todos se recordam do triste ‘prós e contras’ em que este tema foi debatido na RTP. Todos se lembram do escasso tempo de antena concedido a quem não era favorável a estas salas! A benefício dos respectivos propositores, onde não passou despercebido este Lipari, de quem Carmona se queixou, acusando-o de sonegar informações e de estar na Câmara para servir o partido!
Por isso Fernando Negrão, que já foi presidente do IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência) tem que ser mais claro, não pode refugiar-se em sofismas quando existem questões de princípio envolvidas. Nesta área o utilitarismo não pode prevalecer sobre a dignidade humana – as salas de chuto, por mais voltas que queiramos dar, correspondem sempre a uma desistência. Não estamos a ajudar ninguém.
Fernando Negrão defende-se dizendo que as salas se destinam a prestar assistência aos toxicodependentes e que a ‘injecção assistida’ seria um último recurso!
Ora bem, todos se recordam do triste ‘prós e contras’ em que este tema foi debatido na RTP. Todos se lembram do escasso tempo de antena concedido a quem não era favorável a estas salas! A benefício dos respectivos propositores, onde não passou despercebido este Lipari, de quem Carmona se queixou, acusando-o de sonegar informações e de estar na Câmara para servir o partido!
Por isso Fernando Negrão, que já foi presidente do IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência) tem que ser mais claro, não pode refugiar-se em sofismas quando existem questões de princípio envolvidas. Nesta área o utilitarismo não pode prevalecer sobre a dignidade humana – as salas de chuto, por mais voltas que queiramos dar, correspondem sempre a uma desistência. Não estamos a ajudar ninguém.
1 comentário:
É triste, mas os enredos políticos e partidários são mesmo assim: hoje defende-se uma coisa, amanhã talvez já não, depois de amanhã afinal é outra .. Fernando Negrão foi um bom presidente do IDT. É muita pena se agora se vender a políticas contrárias às que defendeu nesses tempos, à conta de uma máquina partidária.
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