Foi Assim
Não posso dizer que conheça a Zita Seabra para além daquilo que, ao longo destes trinta e tal anos, tem sido de domínio público. Talvez tenha sido por isso mesmo que este artigo de João Carlos Espada no expresso de Sábado passado me tocou tão fundo.
Neste artigo conseguimos perceber o doloroso percurso de alguém que tentou dedicar a sua vida à verdade e ao bem que a ela é inerente. Fala-nos de quem foi descobrindo rumos que compreendia serem mais certos, assumindo os seus erros com a coragem e a frontalidade de quem, humildemente, se sabe imperfeito.
Entre os muitos problemas da esquerda, talvez o mais grave seja a sua incapacidade de reconhecer o erro. Por um lado expulsaram das suas vidas os conceitos de pecado, arrependimento, perdão e reconciliação, como sendo medievalidades impostas pela Igreja Católica e que convém evitar a todo o custo.
Mas, por outro lado, não é possível vivermos condignamente se não conseguirmos encontrar o perdão (aos outros e a nós próprios) que nos leva à reconciliação. Como resultado, a esquerda só consegue conceber que existam os bons, que são eles próprios e que nunca podem falhar, e os maus, que são os outros, para onde são atiradas todas as culpas. Sempre que algo corre mal... é a direita, os patrões, os americanos, a Igreja, ou quaisquer outros genericamente designados por fascistas, imperialistas, conservadores ou reaccionários.
Olhar para este percurso relatado por JCE (percurso que ele próprio também já percorreu) só me pode trazer a esperança de que, um dia, cada um de nós possa conseguir desfazer-se do seu orgulho e optar por querer seguir o verdadeiro Caminho.
Ainda não li o "Foi assim" mas fá-lo-ei tão breve quanto possível.
Neste artigo conseguimos perceber o doloroso percurso de alguém que tentou dedicar a sua vida à verdade e ao bem que a ela é inerente. Fala-nos de quem foi descobrindo rumos que compreendia serem mais certos, assumindo os seus erros com a coragem e a frontalidade de quem, humildemente, se sabe imperfeito.
Entre os muitos problemas da esquerda, talvez o mais grave seja a sua incapacidade de reconhecer o erro. Por um lado expulsaram das suas vidas os conceitos de pecado, arrependimento, perdão e reconciliação, como sendo medievalidades impostas pela Igreja Católica e que convém evitar a todo o custo.
Mas, por outro lado, não é possível vivermos condignamente se não conseguirmos encontrar o perdão (aos outros e a nós próprios) que nos leva à reconciliação. Como resultado, a esquerda só consegue conceber que existam os bons, que são eles próprios e que nunca podem falhar, e os maus, que são os outros, para onde são atiradas todas as culpas. Sempre que algo corre mal... é a direita, os patrões, os americanos, a Igreja, ou quaisquer outros genericamente designados por fascistas, imperialistas, conservadores ou reaccionários.
Olhar para este percurso relatado por JCE (percurso que ele próprio também já percorreu) só me pode trazer a esperança de que, um dia, cada um de nós possa conseguir desfazer-se do seu orgulho e optar por querer seguir o verdadeiro Caminho.
Ainda não li o "Foi assim" mas fá-lo-ei tão breve quanto possível.
2 comentários:
Poste sábio. Creio que só um católico consegue perceber o erro da militância ,por exemplo da ZS, e também o que ela sempre 'procurou'...
Não o faça: acabei de o ler, e só na última página é manifesta a total falta de humildade e de sinceridade de Zita seabra: não aceita críticas de quem não tenha sido antifascista.
A velha e envergonhada superioridade do Marxismo Leninismo foi apenas substituida pela arrogância do antifascismo.
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