segunda-feira, 7 de maio de 2007

Marcha de Lisboa

Este ano as Marchas vieram mais cedo. Desta vez, porém, a musica foi outra. Ouviu-se Bob Marley, Peter Tosh & comp. Mas não só em Lisboa. Também no Porto, e em mais 200 cidades por esse mundo fora, se marchou, este sábado, 5 de Maio, a favor da legalização do cannabis.
Seguem-se 5 sugestões ao socrático governo da república, sempre na linha da frente do progresso e das causas fracturantes:
1º Porque não distribuir gratuitamente haxe aos desempregados e demais infelizes? É que a malta que fuma chamon mantêm-se sempre a rir!
2º Porque não investir em plantações de cânhamo, no interior do país desertificado . É o que se faz em Marrocos, aqui tão perto. Assim os que não se podem rir face ao futuro manteriam a boa disposição face à ‘reinação’;
3º Proibir, quem quer que seja, de aventar a hipótese de o psicopata de VirginiaTech ter-se passado fumando marijuana;
4º Esconder que os miúdos da Casa Pia iam para as suas transes debaixo do efeito de cola e/ou charros;
5º Passar por alto sobre a associação indesmentível entre a violência das claques juvenis do futebol e os charros;

Mas para além destas sugestões uma ultima pergunta: e os neonazis, podem ou não marchar a favor da liberalização do cannabis? Parece que eles preferem o álcool ao chamon. Em todo o caso nunca se sabe, e sobretudo nada se proíba (excepto a existência desse grupo de delinquentes de periferia que põe mais em causa o equilíbrio das novas gerações do que o chamon legalizado…).
Note-se, ainda assim, que a marcha que percorreu Lisboa teve a lealdade de não passar pela ‘av. da Liberdade’. É que, se assim fosse, estaríamos face a um espéctaculo de rara hipocrisia: ver os ‘agarrados’ na avenida que celebra o que eles não são- pessoas livres! Com efeito, não esquecer que liberdade é mais do que poder escolher andar/marchar com uma ‘g’da moca’….
Perdoe-se-me uma última sugestão: que tal metê-los todos nos Restauradores, que é onde começa (ou recomeça, consoante a perspectiva!) a av. da Liberdade e mandá-los fazer um percurso terapêutico-educativo?

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