sexta-feira, 4 de maio de 2007

Televisão, inimiga do diálogo

Era uma vez uma família feliz, quando chegavam a casa os filhos brincavam nas suas consolas "PSP" modernas, viam filmes "DVD" na televisão do seu quarto, comportando-se lindamente sem chatearem os seus progenitores até à hora do jantar.
A mãe, chegando a casa cansada, fazia o jantar deitando o olho naquele concurso "O preço certo em euros", soltando uma ou outra gargalhada ao ver aquele senhor "forte" falar nos benefícios da clínica de emagrecimento do dr x.
O pai, que chegava já em cima da hora de jantar, queixava-se do trânsito na 2ª circular e sentava-se na mesa já posta chamando os filhos para virem comer.
Todos sentados à mesa, televisão ligada, pode-se jantar em paz e sossego enquanto se assiste às notícias do mundo e se concentram todas as atenções no pequeno "grande" ecrã. Eis a família feliz.
E esta, hem?

3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Dário e amiga Xana:


Posso chamar-vos de amigos porque o somos, de facto. Ou pelo menos, compartilhamos a mesma Fé, trocamos exclamações entusiásticas quando nos vemos e, pelo menos uma vez por ano, sentamo-nos à mesma mesa,

Desculpem-me esconder-me atrás do anonimato. Mas isso dá uma outra liberdade… O pensamento fluí sem outros constrangimentos que não os do respeito e da justiça.

Com honestidade, digo-vos que não gostei do rabisco que fizeram do Portugal profundo, à hora do jantar. Não gostei porque há muita coisa para aprofundar na gestão do tempo que as famílias fazem. Como o espaço de um blog é curto, falo apenas da relação que se estabelece com a “irmã” televisão.

“O Preço Certo” podia intitular-se “Babando-se Por Euros” e percorrer o país em digressão (uma verdadeira revista à portuguesa…). É agressor da sanidade mental, bem o sabemos. Mas onde estão as propostas católicas para uma TV que ajude as pessoas que vivem sufocadas por estímulos à imbecilidade a despertarem para outras realidades? Onde está uma TV feita por crentes portugueses que tenha essa ousadia?

Temos responsabilidades no que falta fazer para ajudar os que não crêem a aproximar-se de Cristo. Criticar o seu modo de proceder, num dia-a-dia atormentado, é começar pelo lado mais fácil.

Um abraço do vosso anónimo

Dario disse...

Olá Anónimo!
Não pretendemos criticar o modo de proceder dos não crentes... Pretendemos pôr as pessoas a pensar, pô-lo a si a pensar, que é católico e todos aqueles que lerem o nosso "rabisco".
O pequeno ecrã não seduz apenas os não crentes, seduz todos, e todos devemos reflectir neste assunto, portanto, não nos entendeu muito bem...
Quanto a nós, já escrevemos várias vezes ao provedor da rtp, já enviámos e-mails e eu pessoalmente como psicóloga já fiz alguns artigos sobre a televisão. Não criticamos por criticar! Queremos pôr as pessoas a pensar e queremos nós também reflectir.
Obrigada pelo seu comentário, e que pena que seja anónimo, pois se é nosso amigo, e se trocamos exclamações entusiásticas quando nos vemos, talvez a próxima vez que nos encontrássemos poderiamos falar sobre este assunto tirando bons frutos certamente!
Adeus e bem haja!

Anónimo disse...

Já não tenho filhos pequenos, só
netos. Sem falar da qualidade dos programas de televisão, que não vejo de dia,creio que as refeições deveriam ser espaços
de comunicação familiar. Já havia televisão quando os neus filhos eram pequenos, mas nunca estava aberta à hora das refeições. A vida moderna é muito complicada para as famílias que o querem ser. Isto aplica-se tanto aos crentes como aos não crentes. Sou Católica e, portanto preocupada com os ataques à família. Concordo com o post anterior, que é preciso termos uma acção mais interventiva. Mas qual?