O repouso e o trabalho
Para expressar o seu descontentamento com a actual lei, que obriga ao encerramento das grandes superfícies nas tardes de domingos e feriados, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) lançou ontem – três dias depois da comemoração do Dia do Trabalhador - uma campanha de sensibilização pública subordinada ao mote “Exija a liberalização das compras aos Domingos e feriados. Liberte- -se”.
Invoca a APED doze argumentos em defesa da abertura do comércio ao Domingo, entre eles, que tal abertura constitui uma imposição do ritmo de vida nas mais diversas aglomerações urbanas e que o número de mulheres que trabalha fora de casa requer a referida abertura.
Ainda que outros argumentos mais fortes não existissem, estes dois seriam já bastantes para justificar não a abertura pretendida, mas precisamente o seu contrário – o encerramento das grandes superfícies aos Domingos.
Face ao ritmo de vida das sociedades modernas e sendo as mulheres e mães de família cada vez mais obrigadas a responder a toda uma série de solicitações, nomeadamente em termos profissionais, urge como nunca que seja reconhecido pela sociedade civil que o Dia do Senhor possa ser também para todos o dia de repouso do trabalho, o dia que permite a compreensão do sentido da existência humana (e também do trabalho).
Se perdermos este sentido, de que nos valerá trabalhar? O trabalho tornar-se-á escravidão, idolatria, o principal sentido da vida e aí para que servirá?
Com a tão pretendida abertura, a era do vazio de Lipovetsky ameaça instalar-se e parece obter o acordo plácido da maioria - segundo um outro argumento da APED, de acordo com um recente estudo da Universidade Católica, mais de 66% dos inquiridos manifestou-se favorável à abertura das lojas ao Domingo à tarde e recusou qualquer impedimento à abertura do comércio nesse dia.
Os portugueses aparecem agora como adoradores de um novo bezerro dourado – sete dias de consumo ininterrupto.
Temos, pois, mais uma intenção pela qual pedir a Nossa Senhora no 13 de Maio próximo – Domingo – que o Dia do Senhor não se perca na cultura portuguesa.
Invoca a APED doze argumentos em defesa da abertura do comércio ao Domingo, entre eles, que tal abertura constitui uma imposição do ritmo de vida nas mais diversas aglomerações urbanas e que o número de mulheres que trabalha fora de casa requer a referida abertura.
Ainda que outros argumentos mais fortes não existissem, estes dois seriam já bastantes para justificar não a abertura pretendida, mas precisamente o seu contrário – o encerramento das grandes superfícies aos Domingos.
Face ao ritmo de vida das sociedades modernas e sendo as mulheres e mães de família cada vez mais obrigadas a responder a toda uma série de solicitações, nomeadamente em termos profissionais, urge como nunca que seja reconhecido pela sociedade civil que o Dia do Senhor possa ser também para todos o dia de repouso do trabalho, o dia que permite a compreensão do sentido da existência humana (e também do trabalho).
Se perdermos este sentido, de que nos valerá trabalhar? O trabalho tornar-se-á escravidão, idolatria, o principal sentido da vida e aí para que servirá?
Com a tão pretendida abertura, a era do vazio de Lipovetsky ameaça instalar-se e parece obter o acordo plácido da maioria - segundo um outro argumento da APED, de acordo com um recente estudo da Universidade Católica, mais de 66% dos inquiridos manifestou-se favorável à abertura das lojas ao Domingo à tarde e recusou qualquer impedimento à abertura do comércio nesse dia.
Os portugueses aparecem agora como adoradores de um novo bezerro dourado – sete dias de consumo ininterrupto.
Temos, pois, mais uma intenção pela qual pedir a Nossa Senhora no 13 de Maio próximo – Domingo – que o Dia do Senhor não se perca na cultura portuguesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário