terça-feira, 1 de maio de 2007

O Circo

«Código Civil revisto para legalizar casamentos gay.
O Código Civil deverá ser revisto até 2010 “ em matéria de relações familiares, tendo em conta as novas realidades sociais”… A revisão do Código Civil é uma das propostas da Comissão de Projectos para as comemorações do Centenário da República.»
In Correio da Manhã no 1º de Maio

Este é o critério do legislador da nossa república: as novas realidades sociais. Julgava eu, ingenuamente, que era a lei que devia determinar as realidades sociais! Sendo assim para que serve o legislador? Nomeiem observadores, como no futebol, para estarem atentos aos novos usos e costumes, e darem-lhes notas: casamentos gay- 17 pontos; eutanásia 18 pontos; liberalização do aborto até às 20 semanas-19 pontos; pedofilia-11 pontos; fuga aos impostos- depende; consumo de drogas – 15 pontos; fingir que-se-tem-um-curso-para-subir-na-vida 20 pontos; etc, etc, etc.…. Depois só seriam legalizados aqueles que tivessem nota superior a 12 pontos!...

Eis a república no seu melhor: sem princípios, sem valores, sem ética, sobretudo sem virtudes! Emendo, há um princípio que norteia estes (re) publicanos: a cruzada persecutória contra a Igreja Católica, tendo à cabeça O Grande Doutor da Lei, que dá pelo nome de Vital Moreira.

E já agora, ainda no âmbito das Comemorações, poderiam substituir aquela figura feminina que representa a república, por uma outra andrógina ou, porque não, por um travesti (por exemplo por uma figura da pintora Paula Rego)?! Estaria, certamente, mais em consonância com as’ novas realidades sociais’ da república e dos seus governantes!..

35 comentários:

JSM disse...

A pontuação é uma excelente ideia e já agora seria útil fazer o percurso ao contrário, até às cavernas. Era por certo uma experiência social gratificante, e útil para qualquer legislador que pretenda incluir e retratar o homem na sua fase mais feliz - a cavernícola. .
Mas não contem comigo para esse passeio, o paleolítico nunca foi o meu forte.
E já que aqui estou, discordo de um ponto da Vossa proposta e gostava também de lhe acrescentar uma dúvida: sobre a imagem da república, aquela jovem de seios generosos, penso que não é de alterar nada, atendendo à sociedade infantil a que se destina.
A dúvida prende-se com o centenário da mesma república: será que vão assumir 'a longa noite fascista'?! É que se não for assim, faltam quarenta anos!
Abraços.

Anónimo disse...

JSM:
Os Républicanos poderão perguntar aos Monarquicos como costumam fazer. Nas comemorações da Monarquia também entram com os 60 anos de ocupação Filipina?

Anónimo disse...

E, ainda...não lhe parece de mau gosto afirmar que "aquela jovem de seios generosos" se destina à sociedade infantil????

JSM disse...

A regra aceite pela generalidade na blogosfera consiste em não estabelecermos um diálogo passando por cima do autor do texto. Mas como estou certo de não cometer uma indelicadeza, vou responder às questões colocadas pelo comentador anónimo.
Em primeiro lugar a monarquia nunca fez comemorações. Nem fará por certo comemorações de regime. Não é da sua essência, por natureza agregadora, ao contrário da república, por natureza segregadora. Aliás, ´comemorar´faz parte do próprio instinto republicano que tem algum receio que a memória e o tempo se esqueçam das façanhas do regime. É por isso também um sinal de impotência. Se se der ao trabalho de dar um passeio pela cidade verificará, olhando a estatuária profusamente semeada desde 1910 até hoje, que eu tenho razão. A monarquia deixou monumentos mas raramente erigiu estátuas aos reis. Na monarquia acreditava-se sobretudo no futuro, os reis não precisavam dos nomes nas ruas e pracetas. Nem os reis 'nem aqueles que da lei da morte se libertam.'
Esclarecido este ponto, passemos então ao busto da república. Convenhamos que uma sociedade civil que espera tudo do Estado, pensando que se trata de alguém exterior e providencial, só pode catalogar-se como uma sociedade infantil. E aí entra o busto própriamente dito. Não se ofenda com a ironia.
Quanto ao centenário, desfaço-lhe a dúvida: a ditadura faz sempre parte da república. Segue-se à fase da instabilidade e do terror. É dos livros.

Anónimo disse...

Somos todos Portugueses. A Monarquia, a Répública, o domínio Filipino, Salazar, 25 de Abril são o nosso património comum!O meu comentário pretendia fazer-lhe ver que não há "eles" e "nòs".Há um Povo que demora a aceitar-se e respeitar-se!Com ou sem Salazar em 2010, assinalar-se-á o centenário da Implantação da República. Como tão bem sabe - é uma data!!!Não se entenderia que algum Português se recusasse a admitir datas históricas...O 1 de Dezembro, 28 de Maio, 25 de Abril, 14 de Agosto...são "factos históricos".Talvez esteja enganado , mas as principais estátuas e ruas em Lisboa e outras cidades não são , e bem de Reis?Se não foram feitas e colocadas em plena Monarquia, não deixa de ser louvável o espirito aberto e patriótico dos Republicanos...Não posso deixar de considerar curioso o seu comentário acerca de uma sociedade que espera tudo do Estado...tem toda a razão!A isso nos habituou Salazar, e mal, como sabe!E, talvez o descontentamento que se vive, não se prenda afinal com "Sócrates", mas com a alteração da situação...Repare no excesso de Funcionários públicos, nas contestações de Professores, médicos e Júizes.Os Católicos contestam um Estado laico, as outras religiões o proteccionismo do Estado aos Católicos e até já li que a instauração da Monarquia seria da competência do Estado -regime Republicano!!!Quer mais exemplos?

A.Z. disse...

Fico satisfeito por o texto inicial provocar estes comentários tão interessantes e pertinentes.Não era minha intenção ir por aí, até porque nem me sinto à vontade para o fazer.No entanto, gostaria de dizer ao caro anónimo.Fala de património comum mas, esquece-se do património espiritual, aquele que, na realidade, está na génese da constituição da Europa-da qual fazemos parte:a avaliação da história com base na ideia de Deus anterior a ela,que lhe dá forma. Quem quer retirar esta Referência da Constituição? E para quê? Sem referências a um Bem Maior,tudo é possível! Há sim senhor um "eles" e um "nós"!E "eles" estão aí, no poder, (re)públicanos, laicos e mentirosos! E "nós" fora de estrutura!

A.Z. disse...

...saudações cordiais para si anónimo e um abraço amigo para ti jsm

Anónimo disse...

O que é um "públicano", A.Z. ?

A.Z. disse...

Obrigado, anónimo, por me corrigir a forma, que já percebi que lhe interessa mais do que a substância.
"Públicano" de facto não existe, mas sim Publicano, que passo de imediato a explicar-lhe:cobrador dos rendimentos públicos,no tempo dos romanos. (Lat. publicanu).Numa tradução actualizada: cobrador dos rendimentos públicos no tempo da república.Homens de negócios!

A.Z. disse...

...e ainda, segundo o dicionário de sinónimos da Porto Editora,
Publicano pode ser traduzido por:
abominável;traficante.

Anónimo disse...

Calma A.Z., que isto é outro anónimo!

Fica a definição.

Anónimo disse...

Eu sou o primeiro anónimo.Ao contrário do que pensa, não entro nestes comentários para afrontar quem quer que seja. Não condeno, não julgo ninguém de ânimo leve nem em abstracto.Também por feitio e educação não me ofendo facilmente com "grocerias" de quem não considero ou não conheço.Para se discutir o que quer que seja, bastam argumentos, lógica e alguma inteligencia. Mal de nós se recorremos a insinuações, insultos ou aspectos menos dignificantes e impróprios de quem se considera um "nós" e católico! Este blog pareceu-me ser (mas por certo entendi mal) um espaço de crítica aos males da governação e sociedade actual.Mas como espaço público,também aberto à discussão honesta de ideias. Parece-me despropositado quem abertamente crítica outros (e, não está em causa se bem ou mal), não ser capaz de aceitar com serenidade críticas ao que escreve. Se não
querem respostas ou discussão, para que lhes serve o blog? Nem sequer podem ter a noção se são ou não lidos...Se só esperam comentários de amigos e sempre concordantes,então desculpem a minha intromissão, mas não foram muito claros nos propósitos que os movem...Enfim, embora Republicano e laico, nunca mentiroso, nem corrupto e muito menos incorrecto ou "insolente" para quem não pensa como eu, respeito todos os outros, aliás postura comum a muitas outras Famílias , cujo passado se confunde com a propria História de Portugal.Foi um prazer conhecê-los.Acreditem que não é irónico.

A.Z. disse...

caro anónimo: para quem diz que não julga nem condena ninguém,o seu comentário é um pouco(?) contraditório, não acha? E talvez seja isso que nos distingue.Não foi(não é) minha intenção julgar pessoas quando falo em "eles" e "nós", mas sim atitudes,comportamentos,
princípios. Não foi (nem é) minha intenção inclui-lo ou pô-lo de um dos lados, muito menos julgar quem não conheço! Se assim o entendeu ou sentiu, as minhas desculpas.

Anónimo disse...

A.Z.:
você só diz imbecilidades.
não há incompatibilidade entre ser-se católico e advogar o laicismo de estado.

também não há em relação a ser-se republicano, ao contrário da sua opinião e, provavelmente, da do jsm e do joão távora (pelo menos) - não afugente as pessoas deste blog, senão acabam a falar uns para os outros.

e veja lá se não lhe passam pela cabeça ideias malucas de iniciar uma nova contra-reforma (com que tropas?!), como ao mac - não seja divisionista; querer, por força e vontade consciente, estar fora de estrutura vai contra os ensinamentos de Jesus Cristo. parem com as heresias!

se perderem a credibilidade não terão leitores nem ouvintes. separem as vossas opiniões políticas dos assuntos respeitantes à Verdade Absoluta; i.e. não apresentem as vossas convicções políticas como sendo necessariamente as de todos os católicos, pecado de que enferma a maior parte deste blog (para além do teor da maior parte dos artigos, e entre outras coisas, por ter um sacerdote como autor do seu artigo constitucional).

dito isto, é evidente que os católicos têm especiais responsabilidades e deveres no exercício de lugares de poder e na vida pública e cultural, mas não o de obrigar o próximo a ser e comportar-se como católico à força.

para um católico a sério só o poder da palavra (e da Palavra) e da razão são válidos como armas de combate político e cultural. não queira impor por lei pública o que a maioria dos cidadãos (ainda) não querem ou compreendem. tente antes, e na medida das suas possibilidades, convencer os outros da virtude das suas ideias. se forem boas, e se houver necessidade de fazer lei, até os não crentes em Jesus Cristo darão o seu apoio!

e não insulte as pessoas que não concordam consigo gratuitamente: pode chamar palermice e parvoíce ao que quiser e a quem lhe apetecer, trata-se de matéria de opinião; mas como é co-autor deste blog, e tendo em conta os seus objectivos (do blog) quando tal acontecer apresente argumentos mais sólidos do que tem vindo a apresentar nos seus textos.

já quando acusa os outros de serem mentirosos, trata-se de matéria factualmente verificável; portanto tem de dizer em quê e como mentiram. de outro modo não tem o direito de avançar com os devaneios a que verifico ser propenso.


fernando pires

Anónimo disse...

A) Fernando Pires ofende-se quando um católico se diz de direita;
B)F P ofende quando um católico se afirma no seu direito;
C)F P é 'gordo'de lugares comuns. Convido-o a dizer qualquer coisa que passe dos insultos e juizos de valor, revelando alguma inteligência, para além do que diz de um modo culturalmente básico; D) Nem todos os 'FP' são da estirpe do Fernando Pessoa. Este é incapaz de desenvolver uma ideia, fazer uma citação ou dizer alguma coisa com a graça da ironia;
E) Se FP não tem mais nada para dizer,para além de expor os seus recalcamentos,não insista;
F)Gosto muito de visitar este blogue. E não gosto do tom, nada honesto, com que FP tenta condicioná-lo: audiências, audiências...
G) O pior da blogoesfera são os ociosos que pensam que são zorros. Depois da máscara FP mostra que é um personagem intolerante;
H) A.Z.:Ás vezes concordo consigo outras não. Mas gosto do tom corsário. Parabens!

Carlos V. Leal

Anónimo disse...

Carlos V. Leal:

vocemessê aparenta ser um primário com serradura dentro do crânio!...

não desenvolvo aqui as minhas ideias porque o blog não é meu e ninguém me convidou... sou crítico de muitos dos artigos deste blog pelas razões que apontei acima...

o mundo está cheios de tagarelas que só sabem fazer citações...

quanto à inteligência, tenha cuidado não vá eu desafiá-lo para um exame universitário de matemática, física, ou português... ou até mesmo um de filosofia se me der tempo para estudar...

FP

Anónimo disse...

meus amigos,

acordo hoje cedo - deveres profissionais o aconselham -, madrugada ainda, com uma estranha e incómoda sensação: a do esquecimento.

com efeito, uma análise sumária ao post anterior denota a falta dum esclarecimento:

frequento este blog pela consideração que me merecem as pessoas desta comunidade! "só os que amamos nos magoam"... deixo a descoberta do autor da citação para o Carlos V. Leal!

e é assim que me fazem sentir com a vossa smalltalk: golgotha.

receio que se estivessem em lugares de poder real este quadro iria para a fogueira, sob acusações de promoção do paganismo ou de atentado ao pudor - Marte dormita supostamente por ter conhecido Vénus, no sentido das escrituras! -; tal é o dogmatismo que impera neste blog.

os quadros seguintes estavam expostos na catedral (anglicana) de S. Paulo em Londres, em local nobre: The Nativity, The Resurrection, The Public Ministry of Our Lord, The Passion. (não sei se temporariamente).


Sergei Chepik, um pintor a seguir doravante.

Anónimo disse...

Caro A.Z.
Gostei muito do seu post.
Nada me choca, identifico-me plenamente com a necessidade de gritar o conteúdo do mesmo e com a forma corajosa e irónica com que o escreveu.
Como mera 'observadora' deste blog, com que igualmente muito me identifico, penso que há aqui muita verdade em GRITAR a VERDADE e sem medos da vossa parte. E é isso que me cativa e que por aqui me faz permanecer.

Parabéns e que o Espirito Santo vos continue a guiar para esta LUTA de se poder SER!

Abraço

Anónimo disse...

caro FP com todo o respeito acredite, mas a inteligência não se mede pelo facto de tirar melhores notas nos exames, implica muito mais.

Anónimo disse...

de acordo, de acordo, sr.(a) das 11:28.

tratou-se apenas de uma indignação para com o Carlos V. Leal.

não se deixem impressionar nunca por essas coisas; tirar grandes notas nos exames é apenas uma habilidadezinha de manipulação simbólica. e há, além do mais, muitas variedades de inteligência. uns têm jeito para a matemática, outros para a música, outros para o ténis... tudo resultado da maravilhosa mente humana.

f

Anónimo disse...

FP estou de acordo consigo.
Este blog, enferma da estranha convicção que os seus autores têm, por razões que desconhecemos, de serem melhores que os que acusam.Por serem Católicos e de direita automáticamente são uma elite, que refere os "outros" normalmente duma forma pouco educada ou até mesmo grosseira e primária.Aqui reside a sua propria confusão.Porque tentando ser o que não são portam-se e falam como os que acusam.Nada tem a ver com direita ou Católicos.Tem a ver com valores recém adquiridos, mal aplicados e não genuinos. Nada disto teria importância, pois infelizmente não são os únicos no País! Mas quando se dão a conhecer e como Católicos acabam por por em evidência e em cheque toda a Igreja Católica e outros católicos , para já não falar de partidos de direita que não têm de ser obrigatóriamente arruadeiros nem insolentes.Se formarem um blog com ideias próprias, tudo bem. Em nome do que quer que seja, comum a muita mais gente, não têm capacidade para o fazer...por falta de valores básicos óbvios! Afinal não passam de uns "eles" convencidos que são "nós"( refiro-me ao 1º ou 2º comentário deste post.).Mas penso que seria útil para a discussão submeter alguns destes artigos à opinião insuspeitável do Sr Cardeal Patriarca ou mesmo do Sr Bispo de Setúbal.Afinal como FP Diz o artigo de formação deste blog é da autoria de um Padre, que quer se considere fora ou dentro de estrutura, pertencerá sem qualquer dúvida à Igreja Católica.

Anónimo disse...

caro sr.(a) das 13:30,

conheço pessoalmente alguns dos autores deste blog.

se por acaso também me conhece, ou frequenta alguns dos sítios por onde ando, venha falar comigo. eles não batem em ninguém, e pode ser que a conversa seja frutuosa.

cumprimentos,

fernando

A.Z. disse...

Caro anónimo 6 Maio 13.30
Este blog pretende ser um espaço de exposição de ideias e debate civilizado entre pessoas crescidas.

Sugiro-lhe que aceite o convite do Fernando para se encontrarem. Talvez daí nasça um novo blog onde possam apresentar "ideias próprias"
Desejo-vos boa sorte.

A.Z. disse...

Carlos V. Leal
gosto da sua lealdade. Obrigado.
E também gosto muito da sua inteligência. É um balsamo para a alma! Apareça sempre que quizer,
mesmo discordante

Anónimo disse...

a.z.,

não me referia a um encontro apenas a dois!

e já que é crescidinho e para lhe evitar uma nova passagem pelos bancos da escola primária, informo-o de que 'quizer' se escreve com 's'... será que tem alguma embirração com os 'z'?

pronto, pronto. reconheço que o último parágrafo é gratuito e uma arrogância da minha parte. pecado meu!

JSM disse...

Caros A.Z.
Verifiquei com espanto a profusão de comentários que por aqui grassam, provávelmente nascidos a partir de um primeiro comentário que fiz ao conteúdo do seu postal. Isto seria motivo de regozijo, sinal de diálogo, incremento de cultura, mas não, os comentadores que têm vindo debitar opinião, não opinam, nunca se referiram ao ponto essencial do seu texto também essencial, a saber: a maçonaria propôe que se festeje o centenário da república acolhendo algumas tristes realidades sociais no seio do Código Civil, ou seja, no seio da República que é o mesmo. Protesta a maçonaria contra a 'crença' de que a família homossexual não é menos família que a família tradicional que a Igreja Católica promove e defende! É disto que temos que conversar sem desviar o assunto para insultos e outras gratuidades. Não querer argumentar, ou ignorar, que a maçonaria, o grande oriente lusitano, está umbilicalmente ligada ao regime republicano e aos 'valores' que este defende, é puro ilusionismo verbal. E os que aqui aparecem nessa condição, ou estão a tentar enganar-se, ou estão a tentar enganar os incautos.
Este tipo de comentário é fora de estrutura, puro e duro, e sabem porquê? Porque por muito que procurem não conseguirão encontrar referências pouco elogiosas à maçonaria, mesmo aqui, na blogosfera, é raro. E claro que este episódio Carmona é para meter na Câmara um maçon para festejar devidamente o cinco de Outubro! Dividindo mais uma vez o país!
Um abraço para a coragem A.Z. que não foi entendida como se impunha.

Anónimo disse...

caríssimo jsm,

vejo que consigo se pode discutir.

mas de facto os meus comentários não se referem ao tema de que fala. foram uma reacção à resposta que o a.z. deu ao sr. anónimo de 3 de Maio de 2007 11:01, somada ao teor da maioria dos artigos deste blog.

e não generalize. também eu tenho a pior impressão acerca do GOL, e ainda mais da maçonaria regular. mas não dê demasiada importância a isso. actualmente são apenas clubes de chá ou agências de emprego...

quanto ao João Soares, imagino que seja a ele que se refere, veremos. mas não temos o direito de dizer que é má pessoa só porque é ateu e republicano ligado à maçonaria (GOL). ele até defende muitos bons valores, de vez em quando!

e agora apetece-me fazer uma citação (aleluia!, Carlos V. Leal que trouxe o infeliz tema da inteligência).

«A Igreja dá-se bem com qualquer regime político, desde que se não venha proibir a actividade dos católicos.»
pe. Pedro, ao pé do Seminário de S. Paulo em Almada, 2006

cito de cor, já passou algum tempo. se não for ipsis verbis, o sentido é este, e qualquer má aplicação ou descontextualização é da minha responsabilidade.


fernando

Anónimo disse...

Caro FP

Outros afazeres, para além da espreitadela que lanço de quando em vez a este blogue,têm-me mantido longe da polémica que você têm animado com particular furor, pouca graça e menor ilustração. Ainda assim, os seus muitos comentários permitem fazer o seu retrato robot! Um especialista assegurou-me que você deverá estar dentro dos seguintes parametros:
1º no que se refere à idade, entre os 12/14 anos, tendo descoberto à pouco tempo o prazer da escrita;
2ºOs seus pais deixaram-no sempre fazer o que você quer e você não gosta nada de ser contrariado;
3ºO seu livro preferido é o Harry Potter. Daí a sua dificuldade em fazer citações relevantes;
4º Você nunca gostou de Educação Fisica. Daí a visível falta de elasticidade e sentido de humor;
5ºO cristianismo inspira-o a ser militante da tolerância com todos, todos, todos...Menos com A:Z. e com este seu pobre adversário.
E agora bombardeie-me à vontade mas saiba que não volto mais à superficie! Tenho mais que fazer!
Carlos V. Leal

Anónimo disse...

P.S
Brindo-o com um 'erro de palmatória'para ver se entusiasma a descobri-lo...

CVL

Anónimo disse...

CVL:

vamos então ao seu joguinho. há pelo menos 3 erros ortográficos no seu post. não tenho paciência para perder mais tempo consigo. é você próprio que diz estar abaixo (não será com certeza acima) da superfície.

quanto ao retrato-robot está errado em todos os pontos. é o que dá o querer aplicar pseudo-ciências, por pessoas que de ciência não percebem nada (incluo as sociais e a psicologia no conceito de ciência), como suspeito ser o seu caso e o do seu especialista (não acertou em nada).

e agora tenho que me ir deitar pois estou com sono.

fernando

Anónimo disse...

e antes de fechar isto, reparei agora que escreveu "A:Z". dessa parte gostei - a sério e sem ironias - traduz em muitos meios a ideia de gama, essa nunca me tinha ocorrido.

parabéns por ser criativo.

o ':' e o '.' estão na mesma tecla no layout português. quis escrever ':' e não consigo porque o meu teclado não tem [SHIFT]. tenho de escrever programas inteiros para estes sinais aparecerem nos posts... obrigado CVL, fez-me ganhar o dia.

fernando

Anónimo disse...

CVL,

a propósito da "ilustração" nos blogs:

ilustrados são os iluministas, certo?
isto é, os que põem ilustrações nos seus posts. correcto?

(estamos a tratar do problema do iluminismo na catequese. a outra escola de pensamento diz que o iluminismo é um problema do séc. XVIII, e já não se põe uma vez que o Edison inventou a lâmpada eléctrica no séc. XIX, com grande sucesso comercial. vai ser este o tema da minha próxima redacção na escola.)

f

Anónimo disse...

para quem estava à espera de outro comentário meu:

lamento informar mas a mamã está a chamar... agora tenho de ir mesmo para a caminha fazer óó... [como se escreve óó, CVL? tem tanto amor pelas citações, de certeza que já viu a palavra escrita nalgum lado!?]

f

Anónimo disse...

meus amigos,

agora que estamos no comentário nº 34 e portanto podemos entrar no domínio de César, dos homens e da tradição apostólica, e agora, num momento em que espero que a poeira tenha assentado, posso enfim apresentar as transcrições tão ansiadas por alguns católicos de karaoke (CVL: aleluia!):


do possível remédio para o stress e tensão lombar esquerda-direita, i.e. o desígnio comum:

«Na Mensagem que enviei este ano para o Dia Mundial da Paz quis propor à atenção dos fiéis católicos e de todos os homens de boa vontade o convite do Apóstolo Paulo: "Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem" vince in bono malum (Rm 12, 21). Na base deste convite encontra-se uma verdade profunda: em âmbito moral e social o mal tem o aspecto do egoísmo e do ódio, que é negação, e só o amor o pode vencer, o qual tem a força positiva do dom generoso e desinteressado, até ao sacrifício de si. É isto que se exprime precisamente no mistério do nascimento de Cristo: para salvar a criatura humana do egoísmo do pecado e da morte, que é o seu futuro, o próprio Deus entra com amor, em Cristo, plenitude de vida, na história do homem, e eleva-o à dimensão de uma vida maior.»



do laicismo de estado:

todos, e por inteiro, os quatro evangelhos canónicos, como é evidente!

em particular
«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»
( Mt 22, 21)
.


da compatibilidade entre social-democracia (à europeia) e catolicismo:

«Gostaria de recordar um grande princípio do ensinamento da Igreja, por mim novamente recordado na mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, e ilustrado também no Compêndio da Doutrina Social da Igreja: o princípio do destino universal dos bens da terra. É um princípio que não justifica sem dúvida formas colectivistas de política económica, mas deve motivar um compromisso radical de justiça e um esforço mais atento e decidido de solidariedade. Eis o bem que poderá vencer o mal da fome e da pobreza injusta. Vince in bono malum.»



do laicismo de estado, do liberalismo, do stress pós-traumático miguelistas/liberais, do bom conservadorismo, da monarquia e da república, e de todos os regimes políticos possíveis e imagináveis; e ainda, a cura para os reflexos pavlovianos associados às palavras bastilha, revolução francesa e outras que tais (atenção MAC):

«Desejaria mencionar ainda outro desafio: o desafio da liberdade. Senhoras e Senhores Embaixadores, vós sabeis como me é querido este tema, precisamente devido à própria história do povo do qual provenho; mas ele é sem dúvida querido também a todos vós, que devido ao vosso serviço diplomático sois justamente ciosos da liberdade dos povos que representais e estais atentos a defendê-la. Mas a liberdade é, antes de tudo, um direito do indivíduo. "Todos os seres humanos nascem como diz justamente a Declaração Universal dos Direitos do Homem no artigo 1 livres e iguais em dignidade e direitos". E o artigo 3 declara: "Cada indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança da própria pessoa". É também sagrada a liberdade dos Estados, os quais devem ser livres, antes de mais para poderem desempenhar adequadamente o seu dever primário de tutelar, juntamente com a vida, a liberdade dos cidadãos em todas as suas manifestações justas.

A liberdade é um bem grande, porque unicamente com a paz o homem pode realizar- se de maneira correspondente à sua natureza. A liberdade é luz: consente escolher responsavelmente as próprias metas e o caminho para as alcançar. No mais íntimo da liberdade humana encontra-se o direito à liberdade religiosa, porque se refere à relação mais essencial do homem: a relação com Deus. Também a liberdade religiosa está expressa na mencionada Declaração (cf. art. 18). Ela foi objecto como todos vós bem sabeis de uma solene declaração do Concílio Ecuménico Vaticano II, que começa com as significativas palavras "Dignitatis humanae".

A liberdade de religião permanece em numerosos Estados um direito não suficiente ou não adequadamente reconhecido. Mas o anseio pela liberdade de religião não se pode suprimir: ele permanecerá sempre vivo e insistente, enquanto o homem viver. E por isso dirijo também hoje o apelo já tantas vezes expresso pela Igreja: "Em todo o mundo a liberdade religiosa seja protegida por uma eficaz tutela jurídica e sejam respeitados os deveres e os direitos supremos dos homens para viver livremente na sociedade a vida religiosa" (DH, 15).

Não se tenha receio de que a justa liberdade religiosa limite as outras liberdades ou danifique a convivência civil. Ao contrário, com a liberdade religiosa desenvolve-se e floresce também qualquer outra liberdade: porque a liberdade é um bem indivisível, é prerrogativa da própria pessoa humana e da sua dignidade. Nem se tema que a liberdade religiosa, quando é reconhecida à Igreja Católica, interfira no campo da liberdade política e das competências próprias do Estado: a Igreja sabe distinguir bem, como seu dever, aquilo que pertence a César e o que pertence a Deus (cf. Mt 22, 21); ela coopera activamente para o bem comum da sociedade, porque repudia a mentira e educa para a verdade, condena o ódio e o desprezo e convida à fraternidade; promove sempre e em toda a parte como é fácil ver na história as obras de caridade, a ciência e a arte. Ela pede unicamente liberdade, a fim de poder oferecer um válido serviço de colaboração com todas as instituições públicas e privadas, preocupada pelo bem do homem. A verdadeira liberdade é para vencer sempre o mal com o bem. Vince in bono malum.»


todas as citações tiradas de "DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II AO CORPO DIPLOMÁTICO ACREDITADO JUNTO DA SANTA SÉ NO ENCONTRO DE INTERCÂMBIO DOS VOTOS DE ANO NOVO", 10 de Janeiro de 2005.



fernando

Anónimo disse...

Entre nós sabemos tudo...
voçê sabe quase tudo e eu sei que
voçê é um grande chato.