Um golpe para o centenário
As instruções são claras: - O centenário tem que ser devidamente celebrado. A varanda sublime deve ser ocupada por um dos irmãos legítimos, imbuído das características essenciais: em primeiro lugar deve ser laico, em segundo lugar republicano e em terceiro lugar socialista.
O actual edil pode não corresponder inteiramente aos três graus enunciados, deve por isso ser substituído. O pretexto não interessa, desde que seja eficaz.
Vale a pena recordar que o partido republicano fez da Câmara de Lisboa a sua escada de serviço para chegar ao poder, portanto, esse lugar é nosso e de vital importância para as nossas aspirações. Não podemos correr o risco de ensombrar as comemorações com a presença de estranhos na varanda municipal.
Como sabem, e já foi noticiado, queremos abrilhantar o próximo centenário com a legalização de algumas realidades sociais incontornáveis, fruto dos valores que semeámos naquele longínquo cinco de Outubro, como por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, equiparando a família homossexual às restantes famílias portuguesas. Também não está posta de parte, depois do êxito da liberalização do aborto, uma nova liberalização, desta vez para permitir o consumo de drogas consideradas inofensivas e que já fazem parte do quotidiano dos nossos jovens.
Num primeiro balanço, o preço do centenário é tremendo, em apenas um século reduzimos a escombros oito séculos de história edificados sob o signo pernicioso e arcaico do trono e do altar. Esta conquista só foi possível mantendo a Igreja Católica num guetto e mantendo a questão do regime aprisionada na Constituição… mais avançada da Europa. Não vamos agora desistir ou deitar tudo a perder. É hora de cerrar fileiras sabendo de antemão que nunca seremos devidamente compreendidos pelas camadas mais retrógradas da população.
Por tudo isto, é fundamental que o Governo e a Câmara estejam em absoluta sintonia.
A bem da república, cumpra-se como nele se contém.
O actual edil pode não corresponder inteiramente aos três graus enunciados, deve por isso ser substituído. O pretexto não interessa, desde que seja eficaz.
Vale a pena recordar que o partido republicano fez da Câmara de Lisboa a sua escada de serviço para chegar ao poder, portanto, esse lugar é nosso e de vital importância para as nossas aspirações. Não podemos correr o risco de ensombrar as comemorações com a presença de estranhos na varanda municipal.
Como sabem, e já foi noticiado, queremos abrilhantar o próximo centenário com a legalização de algumas realidades sociais incontornáveis, fruto dos valores que semeámos naquele longínquo cinco de Outubro, como por exemplo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, equiparando a família homossexual às restantes famílias portuguesas. Também não está posta de parte, depois do êxito da liberalização do aborto, uma nova liberalização, desta vez para permitir o consumo de drogas consideradas inofensivas e que já fazem parte do quotidiano dos nossos jovens.
Num primeiro balanço, o preço do centenário é tremendo, em apenas um século reduzimos a escombros oito séculos de história edificados sob o signo pernicioso e arcaico do trono e do altar. Esta conquista só foi possível mantendo a Igreja Católica num guetto e mantendo a questão do regime aprisionada na Constituição… mais avançada da Europa. Não vamos agora desistir ou deitar tudo a perder. É hora de cerrar fileiras sabendo de antemão que nunca seremos devidamente compreendidos pelas camadas mais retrógradas da população.
Por tudo isto, é fundamental que o Governo e a Câmara estejam em absoluta sintonia.
A bem da república, cumpra-se como nele se contém.
2 comentários:
Brilhante JSM! Brilhante simplesmente!
Muito bem visto!
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