sábado, 14 de abril de 2007

Ainda o tempo...


Tudo tem o seu tempo, todos temos um tempo, mas afinal o que é o tempo?

O tempo não se define facilmente, e talvez por isso seja tão difícil ocupá-lo com sabedoria... Cada vez há mais convites, mais tentações em ocupar o tempo com coisas tontas e nós tontos, gastamos o tempo com elas.

Se normalmente não temos tempo, porque é que há dias em que subitamente arranjamos esse tempo? A vida muda assim tanto?

E se normalmente temos tempo, porque é que há dias em que deixamos de ter se nada de especial aconteceu? É tão fácil dizer "não tenho tempo", é tão socialmente aceitável dizer "não há tempo", que estas afirmações podem mesmo ser um perigo!

É tudo uma questão de prioridades e as prioridades aqui não se estabelecem por si só, também se aprendem, também se "obedecem", ainda que com o tempo, o "meu tempo" não me apeteça fazer aquilo que sei ser de maior importância.

É tempo de ter esperança, é tempo de ter fé, é tempo de "ser caridade"!

Ainda estamos a tempo, sempre a tempo, porque o tempo Dele não é o nosso tempo e o nosso tempo é Dele!

nota: pintura de Sousa Araujo na capela do vale de acor

2 comentários:

milene disse...

3 coisas:
1. é bom descobrir o tempo de Deus no presente (um presente d'Ele?), viver o hoje - como na resposta de Jesus ao bom ladrão "hoje estarás comigo...", sem a ansiedade do amanhã

2. estico a tua ideia: o tempo é para ter e ser (rosto) as três virtudes. ser caridade é a maior mas também ser esperança e ser fé nos nossos sítios e nos nossos dias.

3. as prioridades escolhem-se e é bom quando o fazemos em liberdade...
as prioridades dos outros aceitam-se e é bom quando o conseguimos fazer sem olhar/julgar/avaliar pela nossa medida.

4. (só mais uma) obrigada por um texto mais essencial. :)

Anónimo disse...

E quando "o meu tempo" é usado naquilo que Ele me pede, mesmo não sendo o que me apetece fazer, e ainda assim continuo a dizer que que não tenho tempo??