Por quem os sinos dobram
Poucas pessoas em frente ao palácio de Belém na tarde de sábado passado. Esperávamos a entrega do manifesto pela vida e pela verdade ao Presidente da República. Encontros, trocas de palavras e as crianças acabaram por “semear” flores de papel, com cores vivas, num rectângulo relvado ali ao pé.
Para quê tanta insistência?
É que afinal havia outra…outra redacção da lei do aborto que não a implícita nas afirmações e compromissos dos que se bateram pelo sim no último referendo – ou já se esqueceram que, a uma dada altura da campanha, éramos todos contra o aborto e queríamos muito salvar muitas vidas?
Afinal, era mentira! E aqui é que a “porca torce o rabo”: não nos é muito difícil levantar em favor da verdade e da justiça quando, diluídos numa multidão concordante, percebemos que as consequências serão irrelevantes. Mas, e se as nossas escolhas implicam uma perca? Há um personagem nas celebrações da Semana Santa que, ao lavar as mãos, nos convida a meditar nisto…
E eu vim para casa a pensar nisto, e a desejar que ao fim de um dia de trabalho exaustivo em favor da nossa terra e do nosso povo – e acredito que sim – venha à memória do Professor Cavaco Silva, por quem os sinos dobram!
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