domingo, 1 de abril de 2007

A ORFANDADE

Com a desfiliação de Maria Nogueira Pinto do CDS/PP morre uma época, um partido, uma matriz. Antes de mais, Maria Nogueira Pinto é um dos políticos mais estimulantes do espaço português. É pragmática, toma decisões, cumpre-as, assuma a autoridade no momento certo, defende veementemente o bem comum. É realista nas análises que faz, tem algum carisma e assume príncipios inatacáveis. Ora, com a sua saída, perde-se uma referência basilar, um elo, uma estaca. O CDS deixa de existir, o que vai nascer é outra coisa. O seu futuro líder ainda não passa de um jocker de casino. É brilhante no jogo de cartas, ganha sempre, mas fora do casino desconhece completamente as virtudes da acção.Vai nascer um espaço em branco, vazio, indeterminado, onde muita gente se reconhece. Muitos não vão querer ser pajem do jocker, nem funcionários de um partido, PSD, a quem lhe faltam fundamentos e princípios.A direita portuguesa está orfã.
-----------------------------
Saída de Maria Nogueira Pinto do CDS/PP

1 comentário:

cristina ribeiro disse...

Completamente de acordo!
Todos reconhecemos o brilhantismo de Portas,quando se trata de esgrimir com palavras:aí ele é insuperável;mas quando chega o momento de agir,de tomar decisões,de que tanto estamos carecidos,tem falhado redondamente,